Este blog surgiu em 2009 com o intuito de relatar uma "Viagem Incógnita" que teve início com um bilhete só de ida para a Tailândia. Uma viagem independente, sem planos, a solo, que duraria quatro anos. Pelo meio surgiu um projeto com crianças carenciadas do Nepal que viria a resultar na criação da Associação Humanity Himalayan Mountains. Assim, este blog é dedicado às minhas viagens pelo Oriente, bem como a esta "viagem humanitária", de horizontes longínquos, no Nepal.

sexta-feira, 26 de abril de 2019

COREIA DO SUL

Voei de Kathmandu para Seul, com escala em Kuala Lumpur pela madrugada. No dia 20 de abril de 2019 aterrava no Aeroporto Internacional de Incheon e daí apanhei um autocarro para o centro da capital da Coreia do Sul.

Uma das estações mais belas para visitar o país é precisamente na primavera, quando as flores de cerejeira brotam por todo o lado e enchem as cidades de cor.
O país localiza-se na parte sul da Península da Coreia e a sua única fronteira terrestre é com a Coreia do Norte, com a qual formou apenas um país até 1945. Faz fronteira a leste com o Mar do Japão, a sul com o Estreito da Coreia e a oeste com o Mar Amarelo. 

A sua economia tem crescido rapidamente desde a década de 1950, estando classificado como um dos países mais desenvolvidos do mundo. A Coreia é também uma das civilizações mais antigas do mundo.

O won sul-coreano é a moeda da Coreia do Sul desde 1962.

A capital e maior cidade do país é Seul, cuja área metropolitana é a segunda mais populosa do mundo (logo a seguir à de Tóquio, no Japão). A cidade fica situada às margens do rio Han e é cercada por montanhas.

Alojei-me na Blue Boat Hostel e parti à descoberta desta enorme metrópole onde arranha-céus, metros de alta tecnologia e cultura pop se misturam com seculares templos budistas, palácios e mercados de rua.

Algo que nos chama logo a atenção ao deambular pelas ruas de Seul e que confere um ambiente particular à cidade, é o facto de as pessoas gostarem de vestir fatos tradicionais. Usam-nos para fazer publicidade a lojas e restaurantes, para tirar fotos em estúdios ou quando visitam palácios e vilas típicas.

A história de Seul remonta a mais de dois mil anos, quando foi fundada em 18 a.C. por Baekje, um dos Três Reinos da Coreia. A cidade continuou como capital coreana sob a Dinastia Joseon. 

A região de Seul contém cinco Patrimónios Mundiais da UNESCO: o Complexo de Palácios de Ch'angdokkgung, a Fortaleza de Hwasong, o Santuário de Chongmyo, Namhansanseong e os Túmulos Reais da Dinastia Joseon.

Render da guarda no Palácio Gyeongbokgung, em frente ao Portão Gwanghwamun.

O Palácio Gyeongbokgung (“palácio abençoado pelo paraíso”) é o maior e mais antigo dos “Cinco Grandes Palácios” de Seul. Foi o primeiro da dinastia Joseon a ser construído, em 1395. 

Durante a invasão japonesa de 1592 todos os palácios da cidade foram queimados e o Gyeongbokgung deixou de ser o palácio principal para ser reconstruído apenas em 1867. Os esforços para recuperar a arquitetura original continuaram até a década de 1990. 

Gyeonghoeru Pavilion

A imponente estátua de bronze do Rei Sejong, inventor do alfabeto coreano e um dos monarcas da Dinastia Joseon, que dominou a nação por quase cinco séculos, situa-se em frente ao Palácio, na Praça Gwanghwamun.

Sungnyemun, conhecido como Namdaemun ("Grande Portão Sul"), é um histórico portão de entrada em estilo de pagode localizado no centro de Seul. Iniciado no século XIV, foi o primeiro bem a ser listado nos Tesouros Nacionais da Coreia do Sul. No passado, foi um dos três principais portões das muralhas de pedra da cidade, que se estendiam por 18,2 quilômetros e possuíam 6,1 metros de altura. Em fevereiro de 2008, Sungnyemun foi destruído por um incêndio e, após um trabalho de reconstrução de 5 anos, reabriu ao público em maio de 2013.

Jogyesa é o templo principal da Ordem Jogye do Budismo Coreano. O edifício remonta ao final do século XIV e tornou-se o templo principal da ordem em 1936. Foi mandado construir pelos reis da dinastia Joseon em 1395, mas o espaço atual só foi fundado em 1910. Já teve três nomes: Hwanggaksa, Taegosa, durante a ocupação japonesa, e Jogyesa, adotado em 1954.

Por toda a cidade surgem os mercados de rua com comida oriental variada de aspeto delicioso e também com alguns "petiscos" menos convencionais que não me convidam à degustação...

Entre os marcos modernos de Seul estão o dourado KLI 63 Building, um dos arranha-céus mais altos do mundo, e a Ponte Banpo, a mais longa ponte-fonte do mundo. 

Yeouido Hangang Park com o KLI 63 Building ao fundo e a ponte Banpo sobre o rio Han.
Na ponte Banpo foi colocada uma estátua intitulada ‘One More Time’ que representa um homem a confortar um amigo e que se destina a desencorajar o suicídio já que este é o local em que mais suicídios são cometidos em Seul.

Entre os marcos modernos da cidade está também a icónica Torre de Seul, uma torre de comunicação e observação, localizada no monte Namsan, que marca o ponto mais alto em Seul. Abriu ao público em 1980 e mede 236,7 metros de altura. 

Acede-se a montanha por teleférico, percorre-se a pé o trajeto até à torre e depois sobe-se de elevador até à plataforma giratória da torre de onde se contemplam vistas da cidade a 360°.

A aldeia Hanok de Bukchon ("aldeia do norte") é uma aldeia tradicional com uma longa história, preservada para mostrar um ambiente urbano de 600 anos. 
As hanoks, casas tradicionais coreanas, desenvolveram-se durante a Dinastia Joseon, no século XIV e albergavam os funcionários de alto escalão do governo e da nobreza. 
Atualmente o local é promovido como centro de cultura tradicional e restaurantes hanok, permitindo aos visitantes experimentar a atmosfera da Dinastia Joseon.

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