Voei de Kathmandu para Seul, com escala em Kuala Lumpur pela madrugada. No dia 20 de abril de 2019 aterrava no Aeroporto Internacional de Incheon e daí apanhei um autocarro para o centro da capital da Coreia do Sul.
Uma das estações mais belas para visitar o país é precisamente na primavera, quando as flores de cerejeira brotam por todo o lado e enchem as cidades de cor.
O país localiza-se na parte sul da Península da Coreia e a sua única fronteira terrestre é com a Coreia do Norte, com a qual formou apenas um país até 1945. Faz fronteira a leste com o Mar do Japão, a sul com o Estreito da Coreia e a oeste com o Mar Amarelo.
A sua economia tem crescido rapidamente desde a década de 1950, estando classificado como um dos países mais desenvolvidos do mundo. A Coreia é também uma das civilizações mais antigas do mundo.
O won sul-coreano é a moeda da Coreia do Sul desde 1962.
A capital e maior cidade do país é Seul, cuja área metropolitana é a segunda mais populosa do mundo (logo a seguir à de Tóquio, no Japão). A cidade fica situada às margens do rio Han e é cercada por montanhas.
Alojei-me na Blue Boat Hostel e parti à descoberta desta enorme metrópole onde arranha-céus, metros de alta tecnologia e cultura pop se misturam com seculares templos budistas, palácios e mercados de rua.
Algo que nos chama logo a atenção ao deambular pelas ruas de Seul e que confere um ambiente particular à cidade, é o facto de as pessoas gostarem de vestir fatos tradicionais. Usam-nos para fazer publicidade a lojas e restaurantes, para tirar fotos em estúdios ou quando visitam palácios e vilas típicas.
A história de Seul remonta a mais de dois mil anos, quando foi fundada em 18 a.C. por Baekje, um dos Três Reinos da Coreia. A cidade continuou como capital coreana sob a Dinastia Joseon.
A região de Seul contém cinco Patrimónios Mundiais da UNESCO: o Complexo de Palácios de Ch'angdokkgung, a Fortaleza de Hwasong, o Santuário de Chongmyo, Namhansanseong e os Túmulos Reais da Dinastia Joseon.
Render da guarda no Palácio Gyeongbokgung, em frente ao Portão Gwanghwamun.
O Palácio Gyeongbokgung (“palácio abençoado pelo paraíso”) é o maior e mais antigo dos “Cinco Grandes Palácios” de Seul. Foi o primeiro da dinastia Joseon a ser construído, em 1395.
Durante a invasão japonesa de 1592 todos os palácios da cidade foram queimados e o Gyeongbokgung deixou de ser o palácio principal para ser reconstruído apenas em 1867. Os esforços para recuperar a arquitetura original continuaram até a década de 1990.
Gyeonghoeru Pavilion
A imponente estátua de bronze do Rei Sejong, inventor do alfabeto coreano e um dos monarcas da Dinastia Joseon, que dominou a nação por quase cinco séculos, situa-se em frente ao Palácio, na Praça Gwanghwamun.
Sungnyemun, conhecido como Namdaemun ("Grande Portão Sul"), é um histórico portão de entrada em estilo de pagode localizado no centro de Seul. Iniciado no século XIV, foi o primeiro bem a ser listado nos Tesouros Nacionais da Coreia do Sul. No passado, foi um dos três principais portões das muralhas de pedra da cidade, que se estendiam por 18,2 quilômetros e possuíam 6,1 metros de altura. Em fevereiro de 2008, Sungnyemun foi destruído por um incêndio e, após um trabalho de reconstrução de 5 anos, reabriu ao público em maio de 2013.
Jogyesa é o templo principal da Ordem Jogye do Budismo Coreano. O edifício remonta ao final do século XIV e tornou-se o templo principal da ordem em 1936. Foi mandado construir pelos reis da dinastia Joseon em 1395, mas o espaço atual só foi fundado em 1910. Já teve três nomes: Hwanggaksa, Taegosa, durante a ocupação japonesa, e Jogyesa, adotado em 1954.
Por toda a cidade surgem os mercados de rua com comida oriental variada de aspeto delicioso e também com alguns "petiscos" menos convencionais que não me convidam à degustação...
Entre os marcos modernos de Seul estão o dourado KLI 63 Building, um dos arranha-céus mais altos do mundo, e a Ponte Banpo, a mais longa ponte-fonte do mundo.
Yeouido Hangang Park com o KLI 63 Building ao fundo e a ponte Banpo sobre o rio Han.
Na ponte Banpo foi colocada uma estátua intitulada ‘One More Time’ que representa um homem a confortar um amigo e que se destina a desencorajar o suicídio já que este é o local em que mais suicídios são cometidos em Seul.
Entre os marcos modernos da cidade está também a icónica Torre de Seul, uma torre de comunicação e observação, localizada no monte Namsan, que marca o ponto mais alto em Seul. Abriu ao público em 1980 e mede 236,7 metros de altura.
Acede-se a montanha por teleférico, percorre-se a pé o trajeto até à torre e depois sobe-se de elevador até à plataforma giratória da torre de onde se contemplam vistas da cidade a 360°.A aldeia Hanok de Bukchon ("aldeia do norte") é uma aldeia tradicional com uma longa história, preservada para mostrar um ambiente urbano de 600 anos.
As hanoks, casas tradicionais coreanas, desenvolveram-se durante a Dinastia Joseon, no século XIV e albergavam os funcionários de alto escalão do governo e da nobreza.
Atualmente o local é promovido como centro de cultura tradicional e restaurantes hanok, permitindo aos visitantes experimentar a atmosfera da Dinastia Joseon.
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