A DMZ sul-coreana está localizada a cerca de 50 quilómetros de distância de Seul e a 38 quilómetros de Pyongyang. Para chegar lá, passamos por vários pontos de verificação de segurança controlados por militares e temos que apresentar o passaporte na inspeção.
No meio da Zona Desmilitarizada fica a localidade de Panmunjon, onde se estabeleceu o armistício da Guerra da Coreia em 1953. É a primeira paragem do tour à DMZ onde visitamos o Parque Imjingak dedicado aos 10 milhões de sul-coreanos que foram separados das suas famílias quando a península foi dividida.
O parque tem vários lagos, monumentos, estátuas, uma parede de fitas comemorativas, várias lojas de souvenirs e um restaurante. Ao lado do Lago da Unificação, que tem o formato da península coreana, encontrara-se o Sino da Paz, um símbolo de esperança de que a paz regressaria à península quando a reunificação fosse alcançada.
Também aqui podemos ver artilharia e artefatos de guerra que foram usados durante o conflito coreano. A locomotiva a vapor Beat 131, marcada pela batalha na estação de Jungdan, é também um símbolo da Guerra da Coreia e da separação entre o Sul e o Norte. Esta máquina fazia parte de um comboio utilizado para transportar mantimentos militares durante a Guerra da Coreia e o comboio foi explodido pelas forças aliadas quando estava sob ameaça de ser utilizado pelo outro lado.
Depois prosseguimos para a Ponte da Liberdade, que conecta o Sul ao Norte, construída para libertar quase 13.000 prisioneiros de guerra coreanos em 1953. Está localizada no mesmo sítio da antiga ponte ferroviária.
O autocarro leva-nos então até à Estação Dorasan que também faz parte do Complexo da DMZ. Trata-se de uma estação ferroviária situada na Linha Gyeongui–Jungang que antigamente ligava os sistemas ferroviários norte-coreanos e sul-coreanos e que foi, entretanto, restaurada. Apesar de estar presentemente desativada, existe a esperança de ser usada no futuro para se conectar com Pyongyang, a capital da Coreia do Norte, um propósito em grande parte simbólico da esperança de uma eventual reunificação coreana.
Mais adiante, visitamos o Observatório Dora que oferece uma fantástica vista da DMZ coreana e onde, através de binóculos disponíveis na plataforma do topo, podemos ter um vislumbre da Coreia do Norte, um dos países mais fechados do mundo.
Ao longe, observamos uma falsa vila (propaganda village), localidade sem habitantes mas com casas muito bonitas, para levar a crer que a vida do outro lado, na Coreia do Norte, é melhor.
Em 1970, foram descobertos três túneis que se usavam para espionagem e, vinte anos depois, encontrou-se outro, todos construídos por militares da Coreia do Norte. Neste tour, percorremos parte deste Túnel de Infiltração, situado mais a norte no Complexo da DMZ.
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