A aldeia está localizada no cume da montanha a uma altitude de 1600m com vistas panorâmicas do Himalaia para um lado e da cidade de Pokhara e do seu lago para o outro.
Em dias de céu limpo temos esta fenomenal visão do maciço Annapurna.
Mas há outra estimulante razão para abordarmos Sarangkot e que eu tive oportunidade de experimentar no dia em que conheci a Kathy, uma austríaca que trabalhou dois anos em Oman e que me contactou através do CS. O quê???
Parapente, pois então!
Vai uma corridinha rampa abaixo e aí estamos nós a planar.
Proporcionou-se tudo tão rapidamente que não tive tempo de sentir medo. Apenas ficava ligeiramente 'desassossegada' quando, entre a preocupação de tirar fotos e o apreciar as estonteantes vistas, me lembrava de onde estava...
E por ali andamos a passear no ar, acima e abaixo, de um lado para o outro da montanha.
Voamos perto das aves que nos ajudam a localizar as correntes de ar térmicas necessárias para subir em altitude.
'Vai uma subidinha até aquela nuvem?', pergunta-me o meu experiente piloto. 'Vais ver como é mágico!'
Que se dane! Também já estou por tudo.
Fiquei literalmente nas nuvens.
Flutuamos por cima de Lakeside - Pokhara.
E é tempo de descer.
Aterramos em perfeita segurança, as minhas pernas um pouco bamboleantes mas tudo bem, nada de enjoos ou tonturas como outras pessoas que também fizeram o seu baptismo de voo.
Resta-me acrescentar mais um 'pormenor': um voo de 45 minutos custa 100 dólares. Foi grátis para mim. Porquê?
Simplesmente porque continuo a conhecer as pessoas certas nesta minha viagem incógnita e abençoada. A Wildes é brasileira e pratica parapente há 15 anos.
Ela e o David, o meu piloto suiço, conheceram-se no Nepal onde vivem há 6 anos. São donos de um centro de parapente em Lakeside. Neste momento faço para eles um trabalho de tradução.
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