
Era o sítio certo. Dali partiam os autocarros turísticos de dois andares que faziam dois diferentes circuitos pela cidade. Comprava-se um bilhete e podíamos andar o dia todo, visitando o que nos apetecesse pelo tempo que quiséssemos, hop-on hop-off, saindo e entrando nas paragens estrategicamente situadas. Uma bela forma de ter uma ideia geral da cidade.
Mall of the Emirates & Ski Dubai
O Mall of the Emirates é um enorme centro comercial que, para além de uma variedade típica de lojas, cinemas e um teatro, tem a primeira pista de ski em recinto fechado do Médio Oriente, o Ski Dubai, inaugurada em finais de 2005.
O Museu de Dubai, situado no Forte Al Fahidi, é outro edifício imponente. Foi construído por volta de 1799 e serviu várias vezes como guarnição, palácio e prisão. Foi renovado em 1970 para albergar o museu.
Um dos percursos incluía visita guiada de uma hora ao Museu de Dubai, travessia em abra, barco-táxi, do canal Creek e visita a um mercado de jóias e outro de especiarias.
O Creek é uma entrada de água do mar natural que corta o centro da cidade. É o ponto histórico central da vida no Dubai onde se pode apreciar a cor e o movimento da carga e descarga de navios que ainda seguem rotas comerciais antigas.
Uma forma atractiva de apreciar o Creek e os ‘dhows’ é apanhar um ‘abra’, um dos pequenos táxis de água que atravessam o Creek desde os souks (mercados) de Deira para aqueles no lado Bur Dubai.
O dhow é uma embarcação tradicional árabe com uma ou mais velas latinas. É usado principalmente para transportar objectos pesados.
As estreitas ruas do souk de especiarias são uma mistura exótica de especiarias com cravo, cardamomo, canela, incenso, frutas secas, incenso, pétalas de rosa e os medicamentos tradicionais. E o souk do ouro é o maior do mundo, com os preços mais baixos, onde tudo o que reluz é ouro.
Mercados do ouro e das especiarias
Para manter os espaços verdes é necessária muita água. Doce, claro está. Para a obter a água do mar passa por um processo de dessalinização.
Este é o país de projectos megalómanos, como os arranha-céus mais altos do mundo e os arquipélagos artificiais (O Mundo, A Palmeira), em que a água é mais cara que o petróleo…
Regressei no último Big Bus do dia, ao ponto de partida. Do ‘City Center’ apanhei um autocarro local (mulheres atrás…) de retorno ao aeroporto.
O porto e o Creek ao entardecer
No aeroporto olhava o painel das comidas, fazendo as contas, para gastar totalmente os últimos dirhams. Tinha que deixar de lado o dinheiro certo para ir buscar a mochila que ficara guardada todo o dia no depósito de bagagem. Uma garrafa de água, sandes, ok. Pedi e sentei-me a comer numa mesa.
Pedi a conta ao empregado e preparava-me para lhe entregar a quantia que eu achava a exacta. Pois… enganei-me nos zeros e nas vírgulas. Aquilo custava mais do que eu calculara e não me apetecia usar o cartão para pagar mais taxas que fatura… Atrapalhada, apresentei-lhe a minha situação e já lhe restituía a garrafa de água que ainda não abrira. O empregado olhava-me, também ele desolado.
Nisto levanta-se um senhor que lia o jornal numa mesa próxima e dirigiu-se a nós. Puxou de dinheiro e ofereceu-se para pagar a minha conta. Não, não, disse eu. Além do mais só me faltam uns trocos. Insistiu, dizendo: Isto é o meu país, aqui a senhora é como uma convidada. Fiquei sem palavras, não sabia como agradecer tamanha gentileza. Afastei-me. Fui comprar postais e outras pequenas lembranças. Eu queria mesmo gastar ali tudo.
A minha impressão do Dubai? Óptima! Gostei deste dia, passei-o muito bem. E gente afectuosa apesar da aparente ostentação. Desconcertante também. Mulheres de burka preta, carregadas de ouro e outros valiosos acessórios. Separadas nos transportes, atrás…
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