Amigos que conheço, amigos do meu irmão, amigos de profissão, alguns desconhecidos, todos velhos e novos amigos. A quem muito, mas muito agradeço pela oportunidade que me deram de mais auxiliar.
Para além dos nomes que já constaram de posts precedentes, obtive ultimamente a ajuda de mais duas pessoas. A Fátima é uma amiga de longa data, a Karen é uma nova amiga perfeitamente desconhecida que mora no Brasil. Foi mais um gesto generoso de quem quis por bem abraçar comigo esta missão. Mesmo não me conhecendo.
A Alisha e a Jasmine
Quanto à distribuição dos donativos, foram apadrinhadas por um ano escolar completo cinco crianças: a Alisha e a Jasmine, o Anish e a Asmita e ainda o Manish. Um total de cerca de oitocentos euros.
O Anish e a Asmita; o Manish
A Manisha e a Amrita
Algum material escolar, incluindo uniformes, para estas crianças bem como para a Manisha e a Amrita foram cerca de cento e cinquenta euros.
Donativos para duas escolas, Nayapul e Ghachok: quatrocentos euros.
Ghachok
Na conta da Jyoti, ‘house mother’ do orfanato Everest Children Home, depositei duzentos euros para ela gastar no que fosse preciso. Para além disso foram inúmeras as vezes que fui às compras, sozinha ou com os meus colaboradores, e que lá levei comida na medida em que ia vigiando o frigorífico-despensa. Gastei bem mais de duzentos euros. Como já referi anteriormente não possuo todos os comprovativos em relação a estes gastos nem eu medi mãos neste assunto pois sempre lhes levo algo quando os visito.
Por algumas vezes dei uma mãozinha na cozinha e ajudei a servir a esfomeada garotada. Outras vezes visitavam-me no hotel já que, como ‘secretária’ da Jyoti, a ajudo a escrever os emails em inglês. Partíamos depois para um passeio ou um lanchinho à beira lago.
Outra razão para as minhas frequentes visitas ao orfanato foi o facto de a Jyoti ter estado doente durante bastante tempo. Passou dias a fio na cama sem forças para nada. Deslocações ao hospital e bastantes medicamentos. Tem vindo a recuperar gradualmente.
Para além de me inteirar da situação escolar dos miúdos, que têm passado em todos os exames, fui também acompanhando o crescimento dos pintos e apreciando os banhos da miudagem que se diverte à louca! Especialmente quando chove já que têm água em abundância e chuveiro a céu aberto. Dançam, deslizam e rodopiam pelo pavimento que também fica bem limpinho…
As paredes do orfanato exibem esta fotografia que lhes ofereci emoldurada e creio que estes miúdos jamais esquecerão o nome de Portugal…
Embora não os tendo visitado, dois amigos turistas que conheci no meu hotel fizeram doações em géneros para estes miúdos: o Theron, americano, ofereceu-lhes material de pintura e o Samuel, o suíço com quem fiz o Royal Trek, roupa. E eu também lhes deixo roupa, mais cadernos e canetas.
Samuel e outros CSers que conheci em Pokhara: Imran, paquistanês e Vikram, um bolseiro nepalês em Chicago
Ofereci ainda um rolo de tela de cinco metros ao pintor Mahadev e ajudei outras crianças que nem sequer mencionei aqui. As solicitações foram imensas e fi-lo por minha conta.
Gastei mais do que o que contava. Também na transferência do dinheiro, tantas que já fiz para o Nepal. Só recentemente descobri que para além das taxas cobradas em Portugal, também um banco intermediário na Alemanha cobra uma taxa elevada. Quanto aos levantamentos no multibanco, como sabem eles são limitados e têm também os seus custos. Parece que para se ajudar quem precisa temos primeiro que auxiliar ‘os grandes'...
Quem sabe para a próxima eu consiga, como tantos outros, incluindo a Maria no Dubai, arranjar patrocínios também para mim própria. Ou talvez não. Já que isso implica andar na ribalta, o que não é muito o meu género.
Agora vou-me despedindo. De alguns momentos de lazer com amigos. Das iguarias de rua, das doçarias e do dal bhat no meu hotel.
Dos pachorrentos transeuntes da cidade. Das águas rápidas que se precipitam em abismos e projetam cortinas de luz.
Mas sobretudo das águas calmas do lago e da vida que aqui corre lenta e descontraída.
Chega ao fim o meu visto de turista. Poderia prolongar a minha permanência no Nepal apelando a um visto de voluntariado. Mas fica caro e já nada o justifica.
Deixo orações em stupas budistas, oferendas aos deuses dos templos hindus e lanço moedas em poços de desejos. Fica a vontade de voltar a esta terra que me encanta e me sabe a lar. Talvez porque os deuses ali morem perto naquelas montanhas sublimes que agora se ocultam nas nuvens. Talvez porque aqui algo nos faça olhar mais longe e mais alto. Muito para além de nós.
Boas viagens!
ResponderEliminarMário
Obrigada, boas férias e boa viagem tb para ti. Bjinhos
ResponderEliminarOla Lya, adorei o relato e adorei as fotos. Ainda bem que pude contribuir para a educação de algumas dessas crianças, ainda que pouco... Boas viagens e vai dando novidades!
ResponderEliminarAproveita-o bem! Carpe diem! Boas rotas...
ResponderEliminarBeijinhos,
Lígia
Hallo Lya
ResponderEliminarNice to meet you
Fatah
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