Desloquei-me de Kyoto a Nagoya num comboio Shinkansen, coloquialmente conhecido como comboio-bala, que atinge velocidades até 320km/hora.
Shinkansen é a rede ferroviária de alta velocidade do Japão, aberta em 1964 com a linha inicial Tōkaidō que liga Tóquio a Osaka (cerca de 500km) em cerca de duas horas e meia. A rede expandiu-se para ligar a maior parte das cidades das ilhas de Honshu (a ilha central onde ficam Tóquio, Quioto, Osaka, Hiroshima), Kyushu (a sul) e Hokkaido (a norte), num território habitualmente fustigado por terramotos e tufões.
Situada entre Quioto, a oeste e Tóquio, a leste, Nagoya é considerada o maior centro económico da região central do Japão. A cidade detém um dos maiores portos do Japão, contribuindo para que seja classificada como a terceira mais rica do país, atrás apenas de Tóquio e de Osaka.
É também um dos principais centros de pesquisa e desenvolvimento de indústrias automobilísticas do Japão. Lexus e outras marcas de luxo do ramo automóvel estão sediadas nesta cidade, assim como a empresa têxtil Marukawa e empresas do setor aeroespacial e de eletrónica. É ainda o lar do pachinko, um entretenimento e jogo de azar praticado em máquinas.
O Castelo de Nagoya foi construído pelo Domínio Owari em 1612, durante o período Edo, no local onde existia um antigo castelo do clã Oda, no período Sengoku.
O Castelo era o coração de uma das mais importantes cidades-castelo do Japão, Nagoya-juku, uma estação de correios na estrada de Minoji que ligava duas das importantes Cinco Rotas de Edo, a Tōkaidō e a Nakasendō.
Até à Restauração Meiji, o Castelo de Nagoya floresceu como o castelo onde residia o ramo Owari, a principal das três linhagens do clã Tokugawa.
Hōshō-in, popularmente conhecido por Ōsu Kannon, é um templo budista da seita Shingon, localizado no centro de Nagoya, construído por volta do ano de 1333. A construção foi patrocinada pelo Imperador Go-Daigo, que nomeou Shōnin Nōshin como o primeiro sacerdote principal e que tivera um sonho com Avalokitesvara, o Buda da Compaixão, conhecido por Kannon em japonês.
A Torre de Nagoya é uma das torres de TV mais antigas do Japão. Nagoya será a terceira cidade japonesa a receber os Jogos Asiáticos de 2026, depois de Tóquio 1958 e Hiroshima em 1994.
Outra atração que desejava ver de perto no Japão era o Monte Fuji. Apanhei o comboio-bala Kodama Shinkansen de Nagoya para a estação de Shin-Fuji e aqui adquiri o Passaporte Mount Fuji West Side Story que dá acesso a transportes durante dois dias, incluindo o acesso ao local do festival das flores. Segui então de autocarro montanhas acima para Fujikawaguchiko, localidade na base do Monte Fuji.
A maior parte das ilhas no Japão é montanhosa e com muitos vulcões, como, por exemplo, os Alpes Japoneses e o Monte Fuji. Este é precisamente o vulcão mais conhecido e a montanha mais alta da ilha de Honshu e de todo o arquipélago japonês, com 3.776 m de altitude.
É um vulcão ativo, de baixo risco de erupção, um dos símbolos mais conhecidos do país situado a oeste de Tóquio, de onde pode ser visto num dia limpo. Devido à sua forma perfeita não é de estranhar que este antigo vulcão tenha sido venerado como uma montanha sagrada.
Fiquei alojada no hostel K's House Fuji View em Fujikawaguchiko e daqui desloquei-me ao Festival Fuji Shibazakura que se realiza perto do lago Motosu.
O festival é uma das melhores e mais populares ocasiões em todo o país para ver shibazakura (musgo rosa ou mossphlox, em inglês), uma pequena vegetação rasteira, popular no Japão, que floresce em abril/maio e cujas flores podem ser brancas ou em muitos tons de rosa.
O local do festival fica na área dos Cinco Lagos de Fuji, oferecendo vistas de cortar a respiração de vastos campos de shibazakura, com o Monte Fuji como pano de fundo em dias de céu limpo.
Estão expostos mais de 800.000 talos de shibazakura de cinco variedades, produzindo campos encantadores com uma gradação de cores desde o branco ao rosa claro, rosa forte e ao roxo.
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