Este blog surgiu em 2009 com o intuito de relatar uma "Viagem Incógnita" que teve início com um bilhete só de ida para a Tailândia. Uma viagem independente, sem planos, a solo, que duraria quatro anos. Pelo meio surgiu um projeto com crianças carenciadas do Nepal que viria a resultar na criação da Associação Humanity Himalayan Mountains. Assim, este blog é dedicado às minhas viagens pelo Oriente, bem como a esta "viagem humanitária", de horizontes longínquos, no Nepal.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Sarangkot

De Pokhara avistamos a colina onde se situa a pequena aldeia de Sarangkot que alcançamos percorrendo um caminho íngreme e pedregoso.

A aldeia está localizada no cume da montanha a uma altitude de 1600m com vistas panorâmicas do Himalaia para um lado e da cidade de Pokhara e do seu lago para o outro.

Em dias de céu limpo temos esta fenomenal visão do maciço Annapurna.

Mas há outra estimulante razão para abordarmos Sarangkot e que eu tive oportunidade de experimentar no dia em que conheci a Kathy, uma austríaca que trabalhou dois anos em Oman e que me contactou através do CS. O quê???

Parapente, pois então!

Vai uma corridinha rampa abaixo e aí estamos nós a planar.

Proporcionou-se tudo tão rapidamente que não tive tempo de sentir medo. Apenas ficava ligeiramente 'desassossegada' quando, entre a preocupação de tirar fotos e o apreciar as estonteantes vistas, me lembrava de onde estava...

E por ali andamos a passear no ar, acima e abaixo, de um lado para o outro da montanha.

Voamos perto das aves que nos ajudam a localizar as correntes de ar térmicas necessárias para subir em altitude.

'Vai uma subidinha até aquela nuvem?', pergunta-me o meu experiente piloto. 'Vais ver como é mágico!'

Que se dane! Também já estou por tudo.

Fiquei literalmente nas nuvens.

Sobrevoamos o lago de uma ponta a outra.

Flutuamos por cima de Lakeside - Pokhara.

E é tempo de descer.

Aterramos em perfeita segurança, as minhas pernas um pouco bamboleantes mas tudo bem, nada de enjoos ou tonturas como outras pessoas que também fizeram o seu baptismo de voo.

Resta-me acrescentar mais um 'pormenor': um voo de 45 minutos custa 100 dólares. Foi grátis para mim. Porquê?

Simplesmente porque continuo a conhecer as pessoas certas nesta minha viagem incógnita e abençoada. A Wildes é brasileira e pratica parapente há 15 anos.

Ela e o David, o meu piloto suiço, conheceram-se no Nepal onde vivem há 6 anos. São donos de um centro de parapente em Lakeside. Neste momento faço para eles um trabalho de tradução.

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