Este blog surgiu em 2009 com o intuito de relatar uma "Viagem Incógnita" que teve início com um bilhete só de ida para a Tailândia. Uma viagem independente, sem planos, a solo, que duraria quatro anos. Pelo meio surgiu um projeto com crianças carenciadas do Nepal que viria a resultar na criação da Associação Humanity Himalayan Mountains. Assim, este blog é dedicado às minhas viagens pelo Oriente, bem como a esta "viagem humanitária", de horizontes longínquos, no Nepal.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Inle Lake



Num destes barcos fomos percorrer o grande lago que banha a povoação de Nyaungshwe onde nos hospedamos. Lotação esgotada com cinco pessoas: para além de mim, o casal holandês (a Shira e o Floris), o Andreas, dinamarquês, e a Laura, inglesa.



Inle Lake é um lago de água doce localizado nas colinas Shan. É o segundo maior lago em Myanmar, com uma superfície estimada de 116 quilómetros quadrados, e um dos mais elevados, a uma altitude de 880 m. Durante a estação seca, a profundidade média é de 2,1 m, mas durante a estação chuvosa isto pode aumentar mais 1,5 m.


Os pescadores locais são conhecidos por praticar um estilo característico de remo remando de pé, na proa dos pequenos barcos, com uma perna. Este estilo único foi desenvolvido pelo facto de que o lago está coberto de canaviais e plantas flutuantes cuja visualização se torna difícil se o remador estiver sentado.



No entanto, o estilo de perna de remo é praticado somente por homens. As mulheres continuam a remar no estilo habitual, utilizando o remo com as mãos, sentadas de pernas cruzadas na popa.



O povo de Inle Lake (chamado Intha), cerca de 70.000 habitantes, vive em numerosas pequenas vilas ao longo das costas do lago. Toda a área do lago está no município de Nyaung Shwe. A população é constituída predominantemente por Intha, com uma mistura de Shan, outros Taungyo, Pa-O (Taungthu), Danu, Kayah, Danaw Bamar e outras etnias.

A maioria do povo é budista devoto e vive em casas simples de madeira e bambu construídas sobre palafitas, que são em grande parte dos agricultores auto-suficientes.



Paragem para visita a um mercado local, numa das aldeias perto do lago.

















A Shira e o Floris vão continuar a sua viagem pelo norte de Myanmar e depois regressarão à Tailândia. A Shira continuará a viajar sozinha por mais sete semanas.

A Laura vai rumar para a India. Começou a sua viagem na África do Sul e depois andou pela China. Sozinha. Tem 23 anos.


Eu continuo neste país maravilhoso em que as pessoas, exceptuando alguns vendedores, nos fazem sentir bem. Tudo é lento. A internet também...


2 comentários:

  1. Olá Marilia. Sou o Miguel (o rapaz da t-shirt vermelha que conheceu na Tailândia). Tenho seguido, com alguma inveja saudável, o seu percurso de sonho. Um dia gostaria de ter a mesma coragem e determinação. As fotos são lindas. Espero voltar à Ásia em breve... Continuação de boa viagem! Quando chegar, quem sabe não escreve um livro.

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  2. Obrigada, Miguel,`e sempre agradavel receber noticias dos amigos que se conhecem na viagem. Um abraco

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